Izabela Aquino Bocayuva fez Graduação (1988), Mestrado (1992) e Doutorado (1999), em Filosofia na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na Sorbonne, Paris IV, fez, em 2012, o pós-doutorado com a Pesquisadora Barbara Cassin. Tem como tema principal investigado, a linguagem, sobretudo em pensadores no âmbito da Antiguidade: filósofos e pré-socráticos, particularmente os sofistas. Sua pesquisa atual é discernir nos primórdios da filosofia, em Platão, os elementos decisivos capazes de ter instaurado, frente as demais modalidades discursivas, a filosofia como uma inteiramente outra maneira de estruturar o discurso, mas também de modular um modo de perceber a realidade, mas também de comportar-se frente a tudo e a todos. Como encaminhamento investigativo vem tomando e cuidadosamente traduzindo determinadas passagens nos diálogos platônicos, onde se pode ver mais nitidamente, o discurso filósofo, desde o seu nascimento, ser privilegiadamente destacado de todas as outras produções discursivas. Só para citar alguns casos paradigmáticos: a famosa passagem denominada “Segunda Navegação” no Fédon em que Sócrates narra seu distanciamento em relação aos pre-socráticos; a disputa entre os discursos de Agatão, o poeta trágico, e Sócrates/Diotima, no Banquete; a explicitação do método dialético em contraste com a personagem sofista, no diálogo Sofista, a caracterização do filósofo (rei) na República, como um tipo de saber inteiramente outro. Trata-se de uma investigação que visa compreender como e porque a filosofia, enquanto uma modalidade discursiva, nasce impondo-se como sendo “a” referência padrão – já que supostamente melhor e “a” correta – da humanidade do homem.